CVC da Vivo aposta em startup, cria consórcio de smartphone e vende R$ 5 milhões em cotas em 2 meses

Para reforçar sua presença no segmento de soluções financeiras, a Vivo decidiu investir numa fintech, em dezembro de 2022. A escolhida foi a Klubi, administradora digital de consórcios, que recebeu um aporte de R$ 30 milhões. Desse total, foram R$ 10 milhões do Vivo Ventures, no segundo maior cheque feito pelo fundo de corporate venture capital da Vivo.

A parceria logo rendeu frutos. As empresas criaram um produto novo, um consórcio de smartphones, anunciado ao mercado em julho do ano passado. Além de oferecer uma jornada 100% digital, sem intermediários, o cliente pode escolher o valor do celular que quer adquirir e em quanto tempo deseja pagar.

“Vários consumidores não têm acesso a crédito. Oferecer uma compra planejada é muito bom, porque, às vezes, não é possível guardar dinheiro. Mas quando a pessoa paga um consórcio, ela tem essa obrigação, e vai pagar menos do que se pagasse em juros. Então, é um produto legal, que também ajuda na boa saúde financeira e no planejamento”, disse Wana Schulze, head de Investimentos e Portfólio da Wayra Brasil e Vivo Ventures.

Tanto a Klubi como a Vivo trabalharam juntas para entender se havia uma demanda pelo consórcio e testaram o produto. Como uma grande corporação, a Vivo designou uma equipe só para isso. “Se você só faz investimento, mas não tem todas as outras áreas que ajudam na inovação, ela não sai do papel”, destacou Schulze. Em dois meses de pré-lançamento, foram vendidos R$ 5 milhões em cotas no consórcio.

Embora menos de 10% da receita da Vivo venha de aparelhos celulares, ainda assim é uma fonte importante e fomenta suas vendas, explica a executiva. “É um produto com bastante rotatividade. As pessoas trocam aproximadamente a cada dois anos. Sem dúvidas é um objeto de consumo para todas as classes sociais. Pensamos em como aumentar a presença do cliente na carteira de serviços da Vivo”.

Como principal razão do sucesso dessa parceria, Schulze acredita ser a jornada totalmente digital, um produto inovador por si só e com potencial no mercado. “A Vivo não sabia trabalhar 100% digital na venda, especialmente em consórcio de celular, que é uma coisa bem específica. A Klubi trouxe toda expertise para dentro da plataforma da Vivo e, em contrapartida, nós levamos a Klubi para o nosso canal de clientes, que tem 122 milhões de acessos, seja pelo celular ou televisão”, explicou.

Para a startup, ficou mais fácil chegar ao cliente, por meio de campanhas mais direcionadas, graças ao banco de dados da gigante de telecom. Em relação ao futuro, os planos da Vivo são aprimorar ainda mais o produto e pensar em novas soluções colaborativas.

Em parceria: Época Negócios

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